Aquele momento foi único e jamais poderá ser repetido, por mais que tentássemos, ele não se repetiria. E eu sabia disso. Não dá pra reproduzir a espontaneidade. Dá pra fingir espontaneidade, mas nem somos atores, lembra!? Nem de novela mexicana, muito menos de filme americano clichê.
Somos normais, comuns. Somos sem graça. Dois sentimentais não assumidos, dois medrosos, dois feridos, dois pé-atrás com a vida. Só somos raros juntos e inspirados. Desarmados e calmos. Manipuladores e provocativos.
Se não fôssemos tão teimosos e cheios de armaduras, poderíamos tentar. Tentaríamos ser os personagens do filme, ao invés dos atores. Seríamos daquele tipo que percebem a efemeridade e fragilidade da vida e tem pressa, seja por quererem de verdade, seja por só terem no máximo 180 minutos. E tudo duraria enquanto alguém acreditasse, enquanto fosse mágico e parecesse verdade.
Mas a explicação para continuarmos insistindo em nos manter distante é essa:
No dia em que nossos caminhos se cruzaram, tudo aconteceu no sono REM e durou o tanto que um bom sonho pode durar...
não o bastante pra ser real.
Camilla Fernanda
"Não é mentira, é só um jeito de contar a verdade com algum encantamento" Tati Bernardi
3 comentários:
Tu devia escrever mais.
São lindas as tuas palavras.
beijos
OBrigada, Stée
=**
Linda a verdade por detrás destas palavras <3
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