Já havia esperado tanto, perdido tanto tempo pensando e pouco vivendo. Achava que era hora de viver de verdade. Mas não aceitava esse pensamento arrependido de quem muito errou. Sabia que a culpa real não era dela. Sabia que ninguém tinha culpa. E sabia também que não havia do que se culpar. Mas agora próximo de apagar a sua 21° velinha, ela se perguntava se era aqui mesmo. Se é aqui, que ela sonhava estar. E nesse exato momento, apavorada só de pensar na resposta ela lembrou...
Que teve um patins, algumas barbies e o pai sempre trazia chocolate de suas viagens. Sua infância foi feliz, a mãe sempre fez tudo por ela e do irmão ela sempre cuidou ( apesar de ser a caçula). Viu um golfinho saltando em alto mar, um bicho preguiça no Amazonas e jura que um tubarão comeu o pente que ela deixou cair.
Lembrou que tem muita sorte pra amigos, que crianças sempre a adoram, que já sorriu muito na vida, já se apresentou em um teatro, já conheceu um ídolo e já teve uma festa surpresa.
Ela então pensou que a vida é uma eterna sala de espera, cheia de oportunidades, o segredo é saber aproveitá-las. E sim ela chegou então àquela resposta ...
"É, era exatamente aqui."
4 comentários:
lindo, Camila
é isso mesmo
quando eu paro pra fazer tais reflexões eu também sinto dessa maneira
que eu não faria nada diferente se me fosse dada outra oportunidade...
lindo! lindo mesmo =*
Que gracinha este texto. A vida é mesmo assim, se olharmos as felicidades, elas se revelarão bem marcantes em nossas vidas, até mais do que os momentos de dor e dúvida. Gostei muito. Você se expressa muito bem. Beijo!
Cam, entre no primeiro sorteio do blog Vou pra Rua:
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Beijo!!
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